segunda-feira, dezembro 29, 2014

Um destino para 2015

Segundo o suplemento Fugas, em 2015, um dos destinos a visitar:

São Tomé e Príncipe 

É o país das mil frutas e sete variedades de banana, do cacau e das roças, da gente sorridente e das galinhas à solta diante do palácio presidencial. É um dos países mais pobres do mundo, mas sobra-lhe felicidade no leve-leve que é o seu ritmo oficial. São Tomé e Príncipe é um paraíso, diz quem lá vai — e quem lá vive, no fundo, não obstante todas as dificuldades, não foge muito dessa ideia. O cenário é luxuriante: duas ilhas e alguns ilhéus que ancoraram na costa ocidental africana, sobre a linha do equador — tropical é a sua natureza, literal e metafórica. Não se esperem grandes cidades — nem a capital, São Tomé, chega perto — ou acessibilidades fáceis ou mesmo grandes resorts — o turismo ainda é incipiente e percebe-se alguma aposta no crescimento sustentável com projectos de vertente ecológica mais ou menos marcada. Esperem-se, sim, florestas virgens e praias desertas com colares de palmeiras, vales escondidos e montanhas abruptas, rios e riachos à solta, avifauna única e flora endémica às centenas — tudo sobre um verde de mil matizes (e carros calejados para enfrentar os acidentes geográficos destas paragens ou pernas bem treinadas em caminhadas húmidas). No ilhéu das Rolas pisa-se o equador, no Príncipe perdemo-nos em floresta virgem nesta reserva da biodiversidade mundial, em São Tomé descobrimos nas roças a herança lusa e, mais uma vez, somos brindados com a generosidade são-tomense. E já falamos da alegria? A natureza é pródiga em São Tomé e Príncipe mas as pessoas também - esbanjam alegria.

terça-feira, novembro 18, 2014

A Roça de Água Izé

A caminho do Sul de São Tomé é impossível ficar indiferente à Roça de Água Izé, que é um exemplo perfeito da arquitetura e da organização do trabalho na era colonial. Visitar a Roça de Água Izé é, em certa medida, viajar no tempo e recuar a um tempo em que a economia das ilhas de São Tomé e Príncipe dependia do cacau e quase tudo era organizado em torno da sua cultura. Ainda hoje é possível observar a maquinaria, as sanzalas, os edifícios que garantiam a autossuficiência da roça: o hospital, a carpintaria, os secadores de cacau e as vias ferroviárias, entre outras estruturas.
Os documentos históricos apontam para a figura de João Maria de Sousa Almeida (Barão de Agua Izé) como o impulsionador da cultura de cacau e o introdutor da árvore da fruta – pão no arquipélago, em pleno séc. XIX, precisamente na atual Roça de Água Izé. 

Uma das questões que se pode colocar é sobre a origem do nome da roça, que está associado ao camarão (denominado izé nestas latitudes) que se apanha no rio através de armadilhas construídas com fibra de palmeira (mussuá).



Uma outra lenda associada à figura do Barão de Água Izé é sua capacidade de viajar para Lisboa, entrando com o seu cavalo na Boca do Inferno, localizada muito próximo da Roça. A Boca do Inferno é uma massa de rocha basáltica, que estaria ligada à capital de Portugal, sendo que a viagem deveria demorar apenas alguns minutos.


A ler: 


domingo, outubro 26, 2014

Leituras



Publicado no blog Fugas:

As 5 coisas de que eu mais gosto em São Tomé

Um pequeno excerto:

"A variedade da fruta e dos seus sabores é impressionante. O mesmo para o peixe, cozinhado de forma muito particular e sempre com muita malagueta."

As Roças

A História de São Tomé e Príncipe não pode ser contada sem referir a origem das roças, as condições de vida dos que lá trabalhavam e os vários produtos lá cultivados. Ainda hoje, as roças exercem sobre todos uma forte atração, quer santomenses, quer estrangeira, das inúmeras formações que buscam conhecer a sua história, a sua situação atual e o seu potencial. De certa forma, à semelhança do tema do Plano Anual de Atividades do Instituto, “As Roças: o passado, o presente e o futuro”, todos nós procuramos conhecer um pouco mais sobre São Tomé e Príncipe e as suas maravilhas. As notícias publicadas nos últimos meses apontam para a degradação do património arquitetónico existente nas Roças, sendo urgente restaurar e proteger os edifícios emblemáticos existentes e espalhados por todo o território santomense. A título de curiosidade, quem consegue identificar a roça representada na imagem seguinte?


Figura 1. Imagem retirada do fundo documental do Instituto de Investigação Científica Tropical.

Hoje, mais do que nunca é importante refletir sobre a necessidade de proteger o património histórico de São Tomé e Príncipe e tomar decisões que levem à sua proteção e valorização. As Roças necessitam não só de projetos de restauro dos exemplos emblemáticos de arquitetura colonial, mas também de projetos e programas de desenvolvimento agrícola, social e cultural.

terça-feira, junho 17, 2014

Fotogaleria - Príncipe

"Um bombom denso e quente que irrompe do Atlântico, mil sorrisos, sol, praias e roças. O paraíso é aqui, quase em cima do equador, e fala português. Agora, a mudança está a chegar à ilha mais pura de São Tomé: um milionário espacial quer que ela seja ainda mais verde e sustentável. Vem aí mais gente.", in Publico.pt

São Tomé e Príncipe, um bombom no Atlântico