Ana Chaves, ou Ana de Chaves, é uma personagem envolta em alguma polémica, embora os historiadores concordem com o local da sua morte, São Tomé. Existem pelo menos três versões para a história da sua vida: origem judaica ou descendente de judeus e residente em S. Tomé como refugiada das perseguições feitas em Portugal; afastada de Portugal pela Rainha D. Catarina que temia um relacionamento entre Ana Chaves (aia da soberana) e o Rei D. João III, para São Tomé, em troca de várias concessões ou filha ilegítima do rei, enviada para São Tomé com um alargado dote, constituído por possessões territoriais, juntamente com a sua mãe, Cezília de Chaves (falecida em 1540).
Em São Tomé Ana Chaves recebeu em sua casa viajantes de todos os cantos do mundo que aportavam a S. Tomé, criou instituições de caridade e casou com um nobre de baixa classe e teve um filho. A sua neta, Catarina de Chaves (mestiça), recebeu um bom dote, na condição de vir a casar-se com pessoa ilustre da ilha. O casamento ocorreu com filho da nobreza lusitana.
Deste casamento nasceu novamente uma menina, a quem deram o nome de Ana de Chaves, como a sua bisavó, e um vasto património.
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