quinta-feira, setembro 14, 2006

Bandeira de São Tomé e Príncipe

A bandeira da República Democrática de São Tomé e Príncipe (RDSTP) consiste em três barras horizontais, sendo verdes as dos extremos e de igual largura e, a do meio, à qual estão fixadas duas estrelas negras de cinco pontas, amarela e de largura igual a uma vez e meia cada uma das outras, e de um triângulo escarlate cuja base está localizada no lado direito da bandeira. A altura do triângulo é metade da da sua base.

O significado de cada um dos elementos que compõem a bandeira:

- duas estrelas simbolizando as ilhas do arquipélago;
- um triângulo, exprimindo a igualdade, vermelho, simbolizando a a luta pela independência;
- as cores amarelo, verde e vermelho, relativas ao movimento de libertação (as cores pan-africanas).

Sugestão: O PAN-AFRICANISMO

quarta-feira, setembro 13, 2006

Educação - Notícia

No site do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD) pode-se ler:

Curso Secundários de Qualificação Profissional – uma experiência-piloto em S. Tomé e Príncipe


Uma taxa de aproveitamento de 100% no Curso de Gestão e Administração e de cerca de 90% no Curso de Humanísticas, foram os resultados alcançados no primeiro ano da expriência-piloto dos Cursos Secundários de Qualificação Profissional.

A experiência decorreu nas instalações do Liceu Nacional de S. Tomé, com 30 alunos, em cada uma das áreas, tendo a docência sido assegurada por cooperantes portugueses. Os resultados alcançados devem-se em grande parte ao modelo de funcionamento posto em prática, designadamente a afectação em regime de exclusividade de um professor cooperante para cada um dos Cursos, a existência a tempo inteiro de um coordenador para o Projecto de Apoio ao Ensino Secundário e a dimensão reduzida das turmas face à média que, no Liceu, ronda os 70 alunos/turma.

Prevê-se o alargamento desta experiência, a partir do próximo ano lectivo, às áreas tecnológicas, Construção Civil e Electricidade.

São Tomé e Príncipe na Web

Casa Amarela Casa Vermelha Turismo Cultural - Em S. Tomé e Príncipe existe uma forma diferente de fazer Turismo. Com orientação de Nora Rizzo.

Turismo Solidário - Escola Não Formal de Diogo Vaz

Malária

Malária ou Paludismo, in Wikipédia.

Incidências:
Casos - entre 300 e 500 milhões
Mortes – 1 a 2 milhões (anuais)

Distribuição:
Persiste numa centena de países, embora atinja com maior virulência regiões pobres da África tropical, da Ásia e da América latina.

Agente causador:
Quatro espécies de protozoários: Plasmodium vivax, Plasmodium ovale, Plasmodium malariae e Plasmodium falciparum.

Agente transmissor:
Fêmeas do mosquitos do género Anopheles, que transmitem o vírus ao picar.

Sintomas:
Surgem entre uma semana e um mês depois da infecção. São semelhantes ao da gripe: febre, calafrios, dores de cabeça e musculares, mal-estar generalizado, náuseas e, por vezes, vómitos, diarreia e tosse. Pode afectar órgãos vitais, como o cérebro.

Relatos de viagens a São Tomé e Príncipe

sexta-feira, setembro 08, 2006

Provérbio – São Tomé e Príncipe

Ua món ca labá ôtlô

Pa dôçu ficá limpu

(Uma mão lava a outra e ambas ficam limpas)

Retirado de Ditos e Reditos (Provérbios da Lusofonia) – Paulinas Editora.

Um comentário ao livro em Livros e Escritores.

quarta-feira, setembro 06, 2006

Poesia - Alda Espírito Santo

Nasceu em São Tomé em 1926, tendo estudado em Portugal. Foi Ministra da Informação e Cultura e Ministra da Educação e Cultura de S. Tomé e Príncipe. Autora da letra do hino nacional de São Tomé e Príncipe - Indepêndencia Total.

Ilha nua

Coqueiros e palmares da Terra Natal
Mar azul das ilhas perdidas na conjuntura dos séculos
Vegetação densa no horizonte imenso dos nossos sonhos.
Verdura, oceano, calor tropical
Gritando a sede imensa do salgado mar
No deserto paradoxal das praias humanas
Sedentas de espaço e de vida
Nos cantos amargos do ossobô1
Anunciando o cair das chuvas
Varrendo de rijo a terra calcinada
Saturada do calor ardente
Mas faminta da irradiação humana
Ilhas paradoxais do Sul do Sará
Os desertos humanos clamam
Na floresta virgem
Dos teus destinos sem planuras...

(É nosso o solo sagrado da terra)

1 - 0ssobô: ave de belas cores, cujo canto, segundo a tradição, anuncia chuva. Tem ainda a força mítica que o associa a regiões paradisíacas.

segunda-feira, setembro 04, 2006

Preocupações ambientais

Lido no Jornal de São Tomé e Príncipe:

Especialistas alemães avaliam viabilidade das energias renováveis Uma equipa de especialistas alemães deverá avaliar em breve a possibilidade de combinar energia eólica, solar e biomassa em São Tomé e Príncipe, contribuindo dessa forma para a resolução do problema de energia eléctrica que afecta todo o arquipélago. Foi este o resultado de uma visita efectuada à Alemanha pelo ministro são-tomense dos Recursos Naturais e Meio Ambiente, Manuel de Deus Lima. De acordo com a tutela, em conversa com os alemães ficou a promessa de enviar ao arquipélago uma equipa de especialistas com a missão de avaliar que energias renováveis se poderão adaptar à realidade são-tomense. A Alemanha vem assim reconhecer os estudos que têm vindo a ser realizados em São Tomé, com vista à implementação de soluções energéticas que passem pelas fontes de energia renováveis, nomeadamente o aproveitamento da energia do sol, vento e de resíduos sólidos. «Como já é do conhecimento de todos, no mundo moderno produz-se energia através do vento», uma técnica que poderá ser aplicada em São Tomé, «não obstante o arquipélago ser um país com ventos fracos», disse o ministro. «Vimos muitos locais na Alemanha a alimentar as casas só com o vento», recordou Deus Lima. «Este sistema fica um pouco caro, mas os alemães prometeram vir ao país fazer os estudos para saber até que ponto é possível produzir energia utilizando a força do vento no arquipélago», concluiu. «Biomassa não é mais do que utilizar a lixeira que temos em Boa Morte para produzir energia», explicou ainda o ministro. «Se nós pudéssemos ter a nossa lixeira multiplicada, em dez ou vinte vezes mais, eu já podia garantir-vos que através disso podíamos produzir uma grande quantidade de energia», sublinhou. Inácio Amorim

sexta-feira, setembro 01, 2006

Passeando pela net...

ESTUDO MORFOLÓGICO DA CIDADE DE SÃO TOMÉ NO CONTEXTO URBANÍSTICO DAS CIDADES INSULARES ATLÂNTICAS DE ORIGEM PORTUGUESA

Teresa Madeira


O objectivo desta comunicação prende-se com o estudo morfológico da cidade de São Tomé desde a sua génese, século XV, até meados do século XVII. Para a elaboração do referido estudo procedeu-se a uma abordagem comparativa das morfologias urbanas de quatro cidades insulares atlânticas de origem portuguesa: Funchal (no arquipélago da Madeira), Angra do Heroísmo (no arquipélago dos Açores), Ribeira Grande (no arquipélago de Cabo Verde) e São Tomé (no arquipélago de São Tomé e Príncipe) e verificou-se um conjunto de características comuns às quatro cidades. O destaque dado à cidade de São Tomé tem como objectivo pocisioná-la no quadro das morfologias urbanas das cidades insulares atlânticas de origem portuguesa uma vez que esta cidade nunca foi estudada deste ponto de vista.

Uma vez que se considera que as cidades das ilhas atlânticas de origem portuguesa tiveram uma influência mais ou menos directa do povoamento português e que os modelos que lhe serviram de referência foram, de certa forma, importados do Continente, procedeu-se numa primeira fase à enunciação das especificidades das fundações urbanas portuguesas entre os séculos XIII e XVI (cidade medieval e cidade renascentista portuguesa), período correspondente à génese das cidades das ilhas atlânticas (século XV), períodos imediatamente anteriores (séculos XIII e XIV) e posteriores (século XVI).



Descoberta molécula com acção anti-malárica em planta de São Tomé e Príncipe

Encontrado no site do 2010, um outro artigo (ver post anterior - Genética da população de São Tomé) sobre investigação efectuado em São Tomé e Príncipe:

Sendo a malária uma doença que ainda mata em África, a descoberta de uma molécula activa com função anti-malárica é um passo determinante para erradicar a doença. Maria do Céu Madureira é a voz do projecto “Paguê”, uma iniciativa que visa comprovar a actividade terapêutica das plantas. Para o efeito, contou com a ajuda preciosa dos terapeutas tradicionais de São Tomé e Príncipe.
O homem sempre teve uma estreita relação com a natureza. As plantas, mais do que ornamentos visuais, podem surpreender a ciência e ser um parceiro importante para a erradicação de doenças. O projecto Paguê é disso exemplo. Trata-se de uma iniciativa que privilegia a investigação científica e que trata as plantas como fortes aliados. De forma a dar uma vertente mais prática às aulas de ciências farmacêuticas, algumas alunas do Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz rumaram para São Tomé e Príncipe.

Os terapeutas tradicionais – Verdadeiros dicionários botânicos

Maria do Céu Madureira, professora no Instituto, é a voz do projecto. A ideia de ir recolher plantas em São Tomé e Príncipe não foi impensada. Estas ilhas detêm uma flora muito rica, uma verdadeira extensão botânica, ainda muito pouco explorada. A primeira fase do projecto trouxe informações úteis pela voz de quem mais sabia, os terapeutas tradicionais. Mais do que catalogar novas informações, o projecto permitiu trazer cerca de 50 espécies medicinais diferentes, posteriormente analisadas em contexto laboratorial.
O contacto directo com os terapeutas foi fundamental. Sem eles, seria impensável ter acesso a essa fonte de conhecimento, que vai desaparecendo à medida que os curandeiros morrem. “É realmente uma fonte de sabedoria imensa que, depois, os investigadores, nos laboratórios, podem utilizar para direccionar as suas pesquisas”, confirma Maria do Céu Madureira.

Tagitinina c - uma descoberta importante

Uma das espécies identificadas cientificamente e que já foi alvo de investigação laboratorial é a titonia diversifolia, mais conhecida em São Tomé como o “Girassol”. Esta planta contém a Tagitinina C, um composto activo, que provou ter uma acção anti-malárica. Esta descoberta só foi possível depois de um terapeuta tradicional ter mostrado a planta que usava para curar a malária. Neste momento, conviria dar continuidade ao processo, “fazer interessar a indústria por este tipo de compostos, que pode ser muito útil para a população de São Tomé e a outros países onde a malária é endémica e é um problema muito grave”, acrescenta a investigadora.
O aparecimento de doenças incuráveis, o ressurgimento de doenças consideradas extintas, ou a resistência aos fármacos, criam a necessidade de estudar novas alternativas. A etnofarmacologia pode então ser um aliado importante na pesquisa de novas moléculas. A Tagitinica C actua sobre o parasita da malária humana e a aplicação prática desse estudo pode ganhar terreno em benefício da população em África.

Um negócio sem regulamentação

A comercialização dos medicamentos à base de plantas ainda não está regulamentada. Apesar das disposições comunitárias, estes remédios, muitas vezes vendidos em ervanárias, continuam a entrar no mercado português como produtos dietéticos ou alimentares. “Não estão sobre a alçada, até agora, do Ministério da Saúde nem do Infarmed, que é quem regula e tutela toda a parte do medicamento”, informa Maria do Céu Madureira. A Lei, que deveria estar em vigor desde o dia 1 de Novembro de 2004, obriga todos os países membros da União Europeia a considerar como medicamento os produtos que tenham uma função terapêutica, incluindo os produtos à base de plantas. Nesse sentido, utilizar um medicamento sem prescrição médica ou aconselhamento farmacêutico continua a ser um risco. Há produtos que detêm uma forte componente tóxica. “Não nos podemos esquecer dos últimos avanços na área do cancro. A grande maioria dos últimos produtos que surgiram no mercado são, ou de origem sintética, ou de origem exclusivamente natural. Portanto, não estamos a falar apenas dos cházinhos para a digestão ou para a dor de cabeça”, avisa a investigadora

Estudo botânico, uma investigação com bons resultados

Uma das premissas desta investigação consiste na análise da actividade biológica nas plantas. Os dados obtidos em laboratório confirmam que, em 76 por cento dos casos, os estados brutos das plantas apresentam uma actividade antibacteriana ou antifúngica. Os resultados são surpreendentes e comprovam a eficácia daquilo que os terapeutas tradicionais já manuseiam há muitos tempo, uma sabedoria, que é agora um forte contributo para a investigação em Portugal.

Sofia Pinheiro - 07/12/2005

Genética da população de São Tomé

Encontrado no site do 2010, um artigo sobre investigação efectuado em São Tomé e Príncipe:

Vamos viajar até África, mais propriamente até São Tomé e Príncipe, onde um grupo de investigadores do IPATIMUP desenvolveu um estudo sobre o património genético da população. Através da recolha de ADN dos nativos são-tomenses, é agora possível escrever a história do povoamento desta ilha africana.
A história das origens da população de São Tomé tem várias versões. Sabe-se que se trataram de escravos trazidos pelos colonos portugueses, mas levanta-se algum véu de controvérsia quanto à naturalidade destes indivíduos.

Jorge Rocha, investigador no IPATIMUP, viajou até São Tomé no Verão de 2003 para contar a história de um povo através da sua genética.

Pretendia-se saber um pouco mais sobre os cruzamentos genéticos dos escravos com os portugueses, mas acima de tudo, o projecto visava perceber as migrações de escravos para esta ilha.

O estudo veio quebrar a ideia de que a população de São Tomé terá tido origens essencialmente angolanas. Como explica Jorge Rocha, “quanto às regiões de origem dos escravos na região de São Tomé, o que nós concluimos é que hoje ainda é possível ver as marcas das migrações de escravos capturados em regiões tão distintas como a região da Nigéria e daquilo a que se chama a Costa dos Escravos, que vai da zona da Nigéria, ao delta do rio Níger e a região do Gana, onde na altura desempenhava um lugar central no tráfego de escravos, o forte de São Jorge da Mina, construído pelos portugueses nos finais do séc. XV”.


Nos níveis de miscigenação, São Tomé não seguiu o exemplo de outras colónias africanas portuguesas. Jorge Rocha confirma a existência de genes europeus nos sãotomenses, mas ressalva tratarem-se de níveis relativamente baixos na ordem dos 10%.

A diversidade da ilha é grande, mas poderiam-se desenhar essencialmente dois grandes grupos populacionais: “o que nós verificamos é que existe um nível de variação excepcional dentro da pequena ilha de São Tomé. E que essa diferenciação está bem correlacionada com a diferença de um grupo linguístico de São Tomé, que se chama angolares.”

Tjerk Hagemeijer é um linguísta holandês que se tem dedicado ao estudo das línguas de São Tomé e Príncipe. As conclusões que tem tirado vão de encontro aos estudos feitos pela equipa de Jorge Rocha.

O linguísta transcreveu várias gravações dos quatro crioulos do arquipélago, analisou as estruturas, e consegue agora garantir ter havido uma língua nuclear comum: “Em São Tomé, do contacto entre os portugueses e os escravos terá surgido uma nova língua. Sobretudo no seio dos escravos terá surgido uma nova língua para se comunicarem com os europeus – os portugueses, neste caso. Começa aí a nascer um crioulo, que, provavelmente, nesta fase, é um pidgin. Um pindgin nem é uma língua, é uma forma de comunicar muito rudimentar. E é a partir desse pindgin que se forma o crioulo. Portanto, o crioulo é a nativização de um pindgin. Isto é o que terá acontecido no caso de São Tomé.”

Mas o angolar continua a ser um desafio, pois “estamos a ir de uma língua de um grupo completamente diferente, que se falava uma língua no reino do Benin, que ainda hoje se fala, que é o “edo”, do grupo “edoid”, que é família quase do “yoruba”, etc. É uma língua tipologicamente muito diferente das línguas “bantu”. As línguas “bantu” são as línguas que encontramos no Congo, em Angola. São grupos tipologicamente muito distintos”

Sabe-se que numa primeira fase, a chamada sociedade de habitação, os escravos trazidos para São Tomé teriam origens na zona do reino de Benin, na Nigéria. Vinte anos depois, com a platação da cana de açucar, dá-se uma mudança de área de resgate. Eram precisos homens robustos e os colonos decidem trazer escravos da zona do Congo e de Angola. Supostamente, seriam estes os locais de origem dos angolares, mas como já referimos, este grupo populacional apresenta também influências de outras zonas de África.

Várias histórias se levantam para explicar a origem dos angolares. Há quem fale do naufrágio de um barco negreiro, cuja tripulação escrava sobrevivente tivesse rumado até à costa. Outros acreditam que estes angolares se trataram de escravos que fugiram das roças e que criaram uma comunidade própria, vindo a espalhar-se mais tarde pelas zonas costeiras da ilha de São Tomé.

Apesar do carácter peculiar da língua dos angolares, Tjerk Hagemeijer explica que os quatro crioulos mantêm uma estrutura comum: “Todos os quatro crioulos têm estruturas que são comuns. Vou dar um exemplo: pássaro voou subiu – que quer dizer “o pássaro voou para cima”. São dois verbos que exprimem uma só acção: voar para cima”. Ou por exemplo, “tomar água, pôr na lata” - pôr a água na lata. Estas estruturas são chamadas estruturas de verbos seriais. Isto é uma componente nuclear de uma gramática. Os quatro crioulos têm esta estrutura e esta estrutura não existe em Bantu, mas é uma estrutura típica ao nível das línguas da Nigéria, Gana, Costa do Marfim, etc.”

Há um palco de partilhas linguísticas e genéticas entre os indivíduos que são e os que não são angolares. O que o grupo de Jorge Rocha não consegue explicar é o que originou toda esta diversidade sãotomense:“o que nós sabemos é que existe uma perda da diversidade e ao mesmo tempo uma partilha genética entre os angolares e os indivíduos que não são angolares. Agora, o que não sabemos é se essa partilha resulta de uma origem comum com posterior diferenciação, ou se de origem diferente com posterior miscigenação. Isso é um problema muito difícil!”

Ao todo, foram recolhidas amostras de ADN a 1400 pessoas – o que representa 1% do total da população de São Tomé. O processo de colheita é idêntico àquele utilizado nas técnicas forenses comuns. Faz-se uma rapagem do interior da cavidade bucal e coloca-se esse extracto em álcool, onde permanece até ser trabalhado no laboratório.

Jorge Rocha adianta ainda que em nenhum momento foi feita uma separação à priori dos indivíduos colectados quanto ao grupo populacional. Deste modo evitaria pré-conceitos na investigação. No entanto, à medida que obtinha os resultados de ADN, verificava que indivíduos de diferentes localidades se agrupavam, não obstante, nos tais dois grandes grupos populacionais: os angolares e os não-angolares.

Quase a completar três anos de investigação, o projecto encontra-se na meta final. No entanto, muito ainda haverá por estudar na terra que Jorge Rocha considera um laboratório fabuloso de diversidade genética.

Cíntia Taylor - 11/12/2005